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sexta-feira, outubro 18, 2024
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Parte 5

Algo extraordinário era o apoio recebido pelos Clubes 4-S pelas lideranças locais, como a do executivo, do legislativo, de empresários e de cooperativas. Convém citar que além de colunista desta página do resgate da história, fui um protagonista durante mais de 20 anos, sendo inicialmente sócio 4-S e mais tarde extensionista da equipe 4-S local, juntamente com a colega Lucília Heck (in memoriam).

Mas quem eram e o que faziam então tais extensionistas? Devo esclarecer que é impossível mencionar todas as suas funções, tamanho era o trabalho por eles realizado. Uma delas foi a de motivadores e incentivadores para a juventude rural para com seus projetos e famílias.

Eram funcionários concursados da ACARESC, com formação em técnico em agropecuária para os extensionistas rurais e normalistas para as extensionistas sociais. Ao ingressarem na empresa ACARESC participavam inicialmente pelo curso de preparação, chamado de pré-serviço durante 3 meses, mais um curso inicial para novos extensionistas, bem como de estágio em um escritório local e, também em uma propriedade agrícola.

Após avaliações e observações  das tendências e aptidões desses profissionais, eram então designados para os escritórios locais conforme vaga para atuação a nível de campo. Havia uma frequente troca em especial de extensionista sociais, pois a ACARESC não permitia que fossem casadas, um absurdo. Felizmente mais tarde isto foi liberado.

Na década de 70, quando o trabalho com a juventude rural através dos Clubes 4-S começa a ganhar força, são então designadas para alguns municípios equipes 4-S específicas para atuação com os jovens. Geralmente eram responsáveis para atuação em mais de um município. Foi o caso de Itapiranga, que também atendia os Clubes 4-S de Mondaí. O número de Clubes 4-S  estava limitado à capacidade de atendimento.

Posso afirmar que estas equipes 4-S, não só a de Itapiranga, mas todas as demais trabalhavam muito, muito mesmo e cada uma conforme as dificuldades e ou facilidades que encontravam. O trabalho com jovens era diferenciado do restante do trabalho da ACARESC, pois exigia muita motivação, persistência, apoio organizacional, além de toda assistência técnica e social direcionada aos jovens.

Para quem viveu e vive sabe de quanto esse trabalho era intenso, eram noites e noites trabalhadas, frias, com chuva, carro quebrado, mas não era motivo de desistir, pois era possível observar nos jovens todo o crescimento pessoal e a mudança que estavam fazendo em suas famílias e comunidades.

Ottmar Schneiders e Primo Pavan(in memoriam)

Quantos e quantos finais de semana, pois a presença nas diversas promoções e eventos por parte dos Clubes 4-S era compromisso obrigatório, pois tinham na confiabilidade e credibilidade  em seu principal aliado, a equipe 4-S. Finais de semana, noites frias e chuvosas, nada disto era obstáculo para estas equipes, pois além da gratidão verbal por esse trabalho, recebiam em sinal de agradecimento pelo alcance dos seus resultados, frutas, hortaliças, ovos, carne, bolacha, cucas e etc.

Mas quando falo em gratidão, falo daquela recebida pelos sócios 4-S, não da ACARESC que sequer pagava as tantas horas trabalhadas fora da jornada de trabalho. Era amor ao trabalho mesmo enquanto uns se esforçavam, enquanto outros permaneciam em berço esplêndido.

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