Com a chegada da segunda quinzena de agosto, se inicia o plantio da nova safra, renovando as esperanças do produtor rural em bons resultados na hora da colheita.
Conforme dados da Epagri, a tendência é de diminuição na área de plantio do milho em Santa Catarina comparado com a safra 2023/2024, influenciado por diversos fatores, entre eles o alto custo de produção por hectare, o ataque cada vez maior de pragas e o valor recebido por saca, o que faz o cultivar perder espaço para a soja, que tem custo de produção menor e preço mais atrativo por saco colhido.
A família Toillier, de Raigão Alto, Tunápolis, finalizou nesta semana o plantio dos 38 hectares. Conforme o jovem Joel Toillier, deste total, cerca de 15 hectares serão destinados para a confecção de silagem para a demanda da propriedade, que trabalha com a produção de leite, tendo atualmente 40 vacas em lactação. O restante será para venda. “Mais para frente, quando o milho estiver no ponto para a confecção da silagem, vamos analisar e definir se iremos colher o restante em grãos ou realizar a venda para confecção de silagem a quem interessar. Tudo irá depender da estimativa para o preço da saca no momento da colheita. Se o preço não for atrativo, o caminho será a venda para silagem de 100% da área plantada que não necessitarmos para a nossa demanda na propriedade”.
Sobre a expectativa para a safra, Joel se mostra bastante otimista. “A nossa parte vamos fazer da melhor forma possível para termos uma safra excelente. Daqui para frente depende somente do clima, do qual esperamos chuvas regulares durante a germinação, crescimento e formação de espiga para, desse modo, ter um alto rendimento por hectare, seja na confecção de silagem ou para grãos. A nossa aposta é em meses de clima favorável para a safra. O investimento por hectare é consideravelmente alto e nossa empresa é a céu aberto, então o clima é, sem dúvidas, um ponto crucial para o sucesso do nosso negócio familiar”.
Para a safrinha Joel lembra que a família irá fazer o plantio de soja em toda a área. “Até porque não temos a necessidade de produção de silagem na safrinha. Outro ponto importante é que objetivamos a rotação de cultura, que traz inúmeros benefícios para o solo”.
Na propriedade da família Toillier a mão de obra é 100% familiar. Joel trabalha juntamente com o pai João, mãe Inácia e irmã Juliane. “Fazemos todo o processo nós mesmos, desde o preparo da terra, plantio da lavoura, até a confecção da silagem, com maquinário próprio”. A família também presta serviço para outros produtores de Tunápolis e região.
