No dia 19 de fevereiro iniciaram as aulas do Curso Técnico em Agropecuária na Escola de Educação Básica São José. Segundo Sueli Von Borstel, diretora do educandário, este com certeza é um marco e conquista histórica na educação, tanto para a comunidade local como para o município e Estado. A diretora salienta que o reconhecimento e alegria dos parceiros, empresas, profissionais envolvidos direta e indiretamente, alunos, famílias e educadores fazem acreditar que todo o esforço realizado na concretização da abertura do curso Técnico em Agropecuária fará toda a diferença no meio rural e no desenvolvimento agrícola com uma formação integral.
A gestora reforça que a reabertura do curso Técnico em Agropecuária representa muito mais do que uma simples retomada de atividades educacionais. Para toda a comunidade regional, esse curso é a materialização de um sonho há muito acalentado e uma luta árdua travada ao longo dos anos. A tristeza e nostalgia causadas pela ausência desse curso eram palpáveis, pois ele representava não apenas uma oportunidade de educação, mas sim um impulso para a modernização e desenvolvimento das propriedades rurais locais.
No passado, o curso desempenhava diversos papéis, dentre eles, o crucial papel de promover a modernização tecnológica nas propriedades. Muitas delas operavam de maneira arcaica, carentes de tecnologia e métodos mais eficientes. Graças ao esforço incansável, especialmente da brilhante equipe pedagógica do Colégio São José, o desenvolvimento foi visível, e as propriedades se transformaram em verdadeiras empresas rurais. Hoje, a maioria dessas propriedades está consolidada, o que levou a coordenação, equipe de ensino e gestores a repensarem o foco do curso para se adaptar à nova realidade local.
Nessa nova fase, reconhece-se que o estudante tem um valioso conhecimento prático em sua própria propriedade, e o papel da escola é aprimorar seus conhecimentos teóricos e, especialmente, fornecer ferramentas para o gerenciamento eficiente dessas propriedades. A exigência de habilidades de gestão tornou-se cada vez mais premente para acompanhar o processo de profissionalização das empresas rurais.
Uma das demandas mais significativas da comunidade foi a de que os estudantes pudessem retornar às suas propriedades no final do dia para auxiliar nas atividades práticas. Essa prática não apenas permite que o conhecimento adquirido em sala de aula seja aplicado, mas também ajuda a resolver um problema crucial: a escassez de mão de obra no interior. A dúvida sobre se o estudante permanecer durante toda a semana na escola prejudicaria as propriedades foi abordada, considerando que isso poderia levar à necessidade de buscar mão de obra externa, aumentando os custos de produção e, por vezes, reduzindo o potencial produtivo das propriedades.
Sueli conclui que a reabertura do curso técnico em agropecuária não apenas responde a uma demanda educacional, mas também atende às necessidades práticas e econômicas da comunidade rural, preparando uma nova geração de profissionais capazes de enfrentar os desafios do campo com conhecimento, habilidade e dedicação.